sábado, 20 de outubro de 2012


 


As festas de Santa Augusta em Braço do Norte


As Festas de Santa Augusta em Braço do Norte, S.C.

Por Clara Uliano Della Giustina, em 20 de outubro de 2012.

 

O dia de Santa Augusta é comemorado no dia 22 de agosto. Não sendo este dia considerado “Santo” ou feriado a festa acontece sempre no final de semana mais próximo do dia. A festa mantém a mesma tradição da Itália, com fogos de artifício, as famosas broas com a mesma receita trazida da lá, galinha assada, o churrasco temperado com laranja azeda, pão de ló sem fermento, somente com ovos, açúcar e trigo. Há até alguns anos atrás se servia também quentão e a consertada, mas alguns gostavam tanto que bebiam demais e perturbava quem estava quieto. Hoje se bebe vinho e cerveja. E assim continuamos com muita fé fazendo o que nossos pais e avós ensinaram.

Desde sempre acontece as nove novenas em Honra a Santa Augusta, as mesmas acontecem nos nove dias consecutivos que antecedem a festa.

Em 1990, Cecília Fernandes Oliveira, grande devota a Santa Augusta, percebendo que não tinha imagem da Santa para comprar e nem para ser usada em possíveis procissões enfrentou seu próprio desafio de fazer uma imagem da Santa. Fez, conseguiu.  Fez com barro cru e maciça. Deixou secar e pintou usando as mesmas cores da imagem feita por João Batista. Depois de pronta, ao ser transportada para a capela, a mesma rachou. Seu trabalho foi em vão, mas Cecília não desistiu. Começou outra, agora com barro de olaria, já bem amassado. Deixou uma parte do corpo oca e depois de secar ao natural levava para uma olaria para ser queimada ao forno, juntamente com tijolos. Agora deu certo. Até a imagem ficar pronta, levava uns 3 meses, pois ia modelando tudo a mão e aos poucos.

Cecília fez em torno de umas 10 imagens da Santa Augusta atendendo pedidos de devotos que gostariam de uma imagem em casa.

Depois de ter a imagem, começou-se então a fazer procissão com a mesma no primeiro dia da novena. A cada ano sai da casa de algum devoto que alcança graças e pede para fazer a procissão em forma de agradecimento. 

As imagens que se encontram na Capela desde que a mesma foi feita, são cuidadas como relíquia, nunca foram restauradas, encontram-se originalmente mantidas. O cuidado em manter a capela limpa, toalhas do altar engomadas, com muitas flores, também vem passando por gerações, primeiramente por Maria Casa Grande, depois pela sua nora Angelina, e depois por Clara Uliano, filha de Angelina.

Antigamente se tinha também a tradição de soltar canhões, balões. Os balões começaram pela senhora conhecida como Maria Baloeira, ela fazia o balão, acoplava um cesto, embarcava dentro e subia junto.  Depois Pedro Uliano, filho de Benjamin e neto de João Batista deu continuidade nos balões, mas sem cesto, os mesmos subiam e desapareciam no céu. Com o falecimento de Pedro Uliano, o povo sentiu falta dos tradicionais balões, pois muitas pessoas vinham de longe e só voltavam para casa depois de ver eles subirem. Maria Valdete D. G, sobrinha de Pedro Uliano e muito apegada a ele, sentia muito pesar em não ter mais o tio que tanto gostava e nem ver os balões subirem. Em uma noite, meses antes da festa, antes de dormir pediu em oração ao tio que lhe iluminasse a fazer os balões, pois gostaria de dar continuidade. E de fato aconteceu, ela que nunca viu como se fazia, tentou, fez e os balões subiam. Isto foi uns quatro anos, depois proibiu-se no Brasil inteiro, que devido a grandes períodos de seca que poderia ser um causador de queimadas.

Nas antigas festas as galinhas eram assadas nas casas, em forno a lenha, geralmente os assadores das galinhas era o André e Joana Coan, Francisco e Carmelita Lessa e Maria Prá Coan. Hoje a capela já possui uma assadeira para as galinhas. As broas e os pães de ló eram feitas num pequeno salão da capela, tinha um forno a lenha. Começavam a fazer as broas uma semana antes para dar conta da demanda. Faziam também rosca. Hoje são feitas no forno de padarias da cidade, mas por membros da comunidade. Em uma tarde ficam todas prontas. São necessário umas 20 pessoas ( mulheres e homens da comunidade) para dar conta de mais ou menos nove mil broas, sendo responsáveis Clara Uliano D. G. e Maria Uliano Della Giustina.

A até uns 30 anos atrás, as festas de Santa Augusta aconteciam ao ar livre, pois não tinha lugar coberto para abrigar todas as pessoas. Os churrascos eram assados em espetos de bambu, feitos em mutirão pelos membros da comunidade e sobre a responsabilidade de Antonio Coan. As pessoas compravam os churrascos e iam comer no pasto. Era um verdadeiro piquenique. O churrasco espetado no chão, bebidas, pães e  ali passavam grande parte do dia, conversando com os amigos, a criançada correndo e se escorregando na grama.

Hoje, em 2012, a Capela já consegue abrigar todos os devotos que vêm na festa.

Na década de 1970, com esforço da comunidade e rendas da festa, foi construído um salão para as festas e também uma churrasqueira grande. O tempo foi passando e o ambiente já foi ficando pequeno. Novas instalações já foram feitas. Temos hoje dois salões prontos com cozinha montada, e mais um em andamento, pois já se faz almoço para servir no dia da festa. Um dos salões é reservado para a celebração da missa que acontece sempre uma vez por mês.

Todas estas melhorias que estão acontecendo são graças a comunidade do Bairro Santa Augusta e a igreja, que caminham juntos.

Muitas pessoas procuram a capela para realizarem a cerimônia de casamento e ou batizado, por ser um ambiente aconchegante e histórico.

 

A vida de João Batista Uliano, construtor da capela.


A vida de João Batista Uliano, construtor da capela de Santa Augusta em Braço do Norte, S.C.

                                        Por Clara Uliano Della Giustina, em 20 de outubro de 2012.

João Batista Uliano nasceu na Itália no dia 16 de maio de 1846. Foi um dos primeiros imigrantes italianos que chegou nesta região em 1872. Na Itália tinha se casado com Maria Casa Grande nascida em 18 de outubro de 1849. Era chamada de Maria Casa Grande, por morava em uma casa grande construída pelo governo, após a guerra, para abrigar crianças órfãs. que abrigava pessoas.  Como a situação financeira lá não estava boa, João resolveu aproveitar uma passagem gratuita que o governo oferecia para quem quisesse tentar a vida no Brasil. Eles tinham três filhos: Jacó, Antônio e José, Maria estava grávida do 4º filho, por este motivo João veio sozinho, para depois voltar buscar a família.

Chegando a Laguna, viaje feito de navio, João logo arrumou serviço de pedreiro e construiu o hospital de Laguna, todo de pedra, existente até hoje, que passou por reforma e foi aumentado. Depois também fez a igreja em Urussanga. Conseguindo algum dinheiro veio para os lados de Braço do Norte a procura de um terreno para comprar e fazer uma casa para poder ir buscar a família que ficou na Itália. Comprou o terreno onde hoje se denomina bairro Santa Augusta.

Levantou quatro paredes e ali estava sua casa tão sonhada para poder abrigar a família que tanto sentia falta. Então voltou a Itália buscá-los e também conhecer seus filhos gêmeos, os quais ela estava esperando quando ele veio para o Brasil. Viajaram 33 dias de navio. Um dos gêmeos adoeceu na viagem e sem recursos no navio, veio a falecer. O mesmo foi envolto em um lençol e jogado ao mar com grande tristeza, mas esta era a ordem. Isto ocorreu em 1875.

Com a família já instalada continuou sua vida sem medir esforços e trabalho para conseguir uma casa melhor. Logo depois começou construir uma nova casa, agora bem maior, com dois pisos, tudo bem grande. E a família também foi aumentando. Tiveram doze filhos: Jacó, Antonio, José, João Batista Filho, Joanes Domenico (que faleceu na viagem), Luiz, Augusto, Carlos, Rafael, Constante, Benjamin e a única filha mulher Catarina. Destes doze filhos obtiveram 97 netos. Quando o filho Luiz estava com seis anos, veio para o Brasil um tio que não tinha filhos e levou Luiz como filho que mais tarde morreu na guerra deixando esposa e duas filhas: Antonia e Marieta.

João Batista trabalhava muito em construções como pedreiro quando começou com uma forte dor de dente, com os remédios caseiros não conseguia aliviar a dor, dentista não havia na época. O mesmo apegou-se então em sua protetora Santa Augusta, a qual possuía grande devoção desde quando morava na Itália, ele tinha muita fé, pois a mesma era conhecida como a protetora dos dentes e da cabeça.

O mesmo fez uma promessa de construir uma gruta ao lado de sua casa, com a imagem de Santa Augusta, caso fosse curado da dor. Em poucos dias a sua dor de dente sumiu. Ele começou fazer as escavações para construir a gruta quando seus vizinhos vieram saber o que ele iria fazer ali. Com a revelação, seus vizinhos (famílias Coan, Prá e Della Giustina) propuseram unia-se a ele e construir um templo maior, uma capela onde pudessem juntar-se para rezar o terço. Então veio a questão, e o terreno? Então decidiram ir falar com a família dos Guizoni para ver se vendiam um morro muito bonito que tinha nas suas terras e assim ficava parecido com o Santuário da Santa Augusta da Itália, que também ficava no topo de uma colina. Foram e conseguiram negociar. Os Guizoni cediam o morro, mas em troca queriam que eles dessem uma estrada aberta na estrema de suas terras com a dos Schilickman. E assim aconteceu, abriram a estrada com pás, picaretas e enxadas. Em seguida derrubaram o mato e plantaram feijão para vender e arrecadar dinheiro para a construção da capela. Colheram o feijão e deram inicio a obra. Os tijolos foram feitos com barro amassado por cavalos. Em poucos meses a capela ficou pronta. E agora as imagens para colocar no altar? Dinheiro ninguém tinha, mas João Batista não desanimou. Ele disse que era preciso encontrar um bom barro, que iria colocar pelos de animais misturado com o barro para evitar rachaduras e iria tentar fazer as imagens. E assim fez. São as mesmas imagens que se encontram no altar da capela. No centro temos a imagem de Santa Augusta e ladeada por São Pedro e São Paulo. Hoje (outubro de 2012) são 124 anos de existência e estão perfeitas.

Logo depois chegou o sino vindo da Itália. Não tinha torre na capela então o mesmo era pendurado em um suporte de madeira. O mesmo era Bento para espalhar tormentas. Esta tradição acontece até hoje. Sempre que se forma uma trovoada, devotos sobem a colina, batem o sino e logo após, a trovoada se espalha. Quando se demora a alguém ir bater o sino, os vizinhos já ficam preocupados, será que não bater o sino para a trovoada se espalhar? E quando se ouve o ressoar do sino todos se tranquilizam.

Agora estavam satisfeitos, pois tinham um local para fazerem suas orações já que no centro da cidade não eram bem recebidos por causa da linguagem, eles rezavam em latim e os brasileiros não gostavam. Então faziam as rezas em horários diferentes.

Passados alguns anos João Batista Uliano escreveu para o padre do Santuário de Santa Augusta de Vitório Veneto (na Itália), informando da construção da capela aqui no Brasil e que gostaria também de ter uma relíquia da Santa. No mês seguinte, precisamente em 05 de agosto de 1898 recebeu o relicário, uma falange do dedo polegar de Santa Augusta juntamente com o certificado de legitimidade assinado pelo Bispo Don Segismundo Cescon da diocese de Vitório Veneto atestando a veracidade da Relíquia.

Em 1939 foi construída a torre da capela. João Batista já havia falecido. Faleceu em 1902. O filho Benjamin e os outros Della Giustina e Coan então realizaram mais este sonho de João Batista.

E a devoção a Santa Augusta só foi crescendo.  Os descendentes e as novas gerações seguiam os passos dos imigrantes preservando a tradição e a fé.

Em viagem à Itália, Padre Joacir Della Giustina visitou o Santuário de Santa Augusta e convidou o vigário de lá Padre Pietro Paolo Carrer para conhecer a capela aqui em Braço do Norte, ele aceitou o convite e em 1991 veio para o Brasil visitar a mesma. Ele se encantou com a beleza do local e com a devoção que temos pela Santa Augusta e disse que não devemos dizer capela e sim Santuário, pois contém uma parte do corpo de Santa Augusta.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

FOTOS


 


 
 
 
 
 


LIVRO Novena em Honra a SANTA AUGUSTA


NOVENA

 

EM HONRA

DE

 

SANTA AUGUSTA

 

 

Tradução do original em latim por

Antonio Rohden em 1954

 

Edição comemorativa ao Centenário de edificação

da Capela de Santa Augusta

Braço do Norte – SC

1887 – 1987

 

Reedição em janeiro de 2002

Impresso na Gráfica do CTS – Caxias do Sul - RS

 


ORAÇÃO PARA INICIAR A NOVENA TODOS OS DIAS

 

 

D – Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

T – Amém.

 

D – Pai de Jesus e nosso Pai, Deus da vida e da libertação, enquanto caminhamos neste mundo, unidos na mesma fé, lutando pela paz, pela justiça, caminhamos em vós e para vós.

 

T – Ajudai-nos a viver como vossos filhos.

 

D – Pai, destes em Santa Augusta um modelo de vida, de fé, de doação e amor aos pobres, aumentai em nós a fé e a caridade.

 

T – Ajudai-nos a construir o vosso Reino.

 

D – Santa Augusta, que conhecestes o desamor e a discór­dia na própria família, abençoai nossos lares, nossas casas e fazei-nos apóstolos da verdade e do amor.

 

T – Ajudai-nos a servir o irmão no amor.

 

D – Santa Augusta, através da fé obtivestes coragem para enfrentar as dificuldades que a vida apresentava. Intercedei junto de Deus pela nossa comunidade de fé, que a teste­munhemos com coragem através das obras.

 

T – Ajudai-nos a ser firmes na fé.

 

D – Deus, celebrando a Eucaristia, o sofrimento e a Ressurreição, a vida do povo e o sangue de tantos mártires, anunciaram sempre a esperança de um mundo novo.

 

T – Ajudai-nos a construir o vosso Reino.

 

D – Maria, Mãe da Igreja, companheira da nossa caminha­da, ensina-nos a ser Igreja e a viver o projeto de vida e de salvação do vosso filho Jesus.

T – Amém.

 

 

 

ORAÇÃO PARA ENCERRAR A NOVENA TODOS OS DIAS

 

1. Reza-se  01 Pai-Nosso, 10 Ave-Marias e 01 Glória

 

 

2. Oração à Santa Augusta

 

Ó gloriosa Santa Augusta, que para testemunhar a fé em Jesus Cristo, embora jovem e fraca, contudo com heróica fortaleza suportaste da tirania do pai o horror da prisão, a extração dos dentes, o fogo, a roda dentada e, enfim, a decapitação, obtendo-me do Senhor o perdão de meus pecados e a graça de não mais cometê-los; afastai de minha família e das pessoas que me são queridas as discórdias, as doenças e qualquer outra desgraça. Fazei que reine em toda a parte a verdadeira paz, para que possamos exaltar a sua infinita misericórdia para sempre convosco nos céus. Assim seja.

 

3. Canto.

 

Oração:

Onipotente e misericordioso Deus, que também no sexo frágil e na tenra idade manifestastes o vosso poder e as riquezas da vossa graça, concedei benignamente, para que nós, que celebramos a festa natalícia de vossa virgem e mártir Santa Augusta, sejamos ajudados por sua proteção perante vós.

Pelo mesmo Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém.

                                                              

 

 

1º DIA DE NOVENA

 

Vocação de Santa Augusta e Prontidão com que responde ao chamado divino

 

1. Considerai Augusta, nascida de pais nobres, porém pagãos, e com todo cuidado por eles educada nas trevas da idolatria. O erro sugado, por assim dizer, com o leite materno, é um forte obstáculo ao conhecimento da verdade.

            Mas Augusta, dotada por Deus de uma inteligência perspicaz e munida pela graça, ainda por poucos anos ob­serva o culto que o pai rendia aos ídolos e não conhece a supersticiosa falsidade; observa igualmente o culto que em Serravalle se prestava ao verdadeiro Deus, e, com o auxílio da graça, compreendeu que não podia deixar de ser verda­deira aquela religião, a qual, ainda que perseguida pelo pai idólatra, se mantinha sempre mais constante nos corações dos cristãos; e pediu sinceramente aquele Deus, que ainda não conhecia, de prestar-lhe assistência. Sentindo-se acesa   dum vivo desejo de abraçar a religião, guiada pelo Espírito do Senhor, procurou alguém que a instruísse e atirasse dos erros do paganismo e cautelosamente a dirigisse a um homem de Deus. E acaba descobrindo-o com júbilo e com ardentes lágrimas. Descobre também a sua vocação.

            E ele começou a instruí-la e depois da conferência, quanto o tempo e a prudência a permitiam, deu-lhe uma pequena imagem de Jesus Cristo e, combinado o dia de seu batismo, com a bênção do Senhor voltou consolada para sua casa.

 

2. A Palavra de Deus nos envia Ex. 20, 3.5-6

“Não terás outros deuses diante de mim. Não te prosta­rás diante desses deuses e não os servirás, porque eu, Javé teu Deus, sou um Deus ciumento, que puno a iniqüidade dos pais sobre os filhos até a terceira e quarta geração dos que me odeiam, mas que também ajo com amor até à milésima geração para aqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”. Palavra do Senhor.

 

3. Reflexão

Ó vós que nascentes no grêmio da santa Igreja Católica, agradecei ao Senhor tamanho benefício, proponde corres­ponder à santidade da fé que professais, com a santidade das obras, obedecendo, a exemplo da santa, às divinas inspirações, que vos chamam para uma vida mais cristã. Rogai, portanto, à santa para interceder por nós e obter do Senhor tão grande graça.

 

4. Prece de Intercessão

Minha gloriosa advogada, Santa Augusta, eis­-me prostrado diante de vós, implorando vosso auxí­lio, para que, em primeiro lugar, possa agradecer ao Senhor o singularíssimo benefício de fazer-me nascer no seio da Santa Igreja, e depois impetrai-me a graça de corresponder à santidade da religião que professo e de obedecer às divinas inspirações, como proponho fazer, confiando no vosso valioso patrocínio.

 

 

2º DIA DE NOVENA

Augusta se prepara para o batismo

 

1. Considerai como Augusta volta ligeiro para sua casa e, apenas fechada no seu quarto, beija e torna a beijar aquela devota imagem que recebeu do santo eremita. Como suspira dia e noite pelo momento feliz de seu batismo, e sempre mais se sente inflamada dum vivo desejo de unir-se a seu Deus e de dedicar-se inteiramente a Ele.

            Quanta consolação interna não experimentava, em saber que muitos cristãos devotos, que estavam a par de sua intenção, elevavam preces ao Altíssimo, para que lhe concedesse constância na sua resolução, e que vários sacerdotes ofereciam sacrifícios ao Senhor, aos quais, não podendo estar presente com o corpo, o estava, porém, continuamente com o coração e o pensamento, para que a bondade divina apressasse aquele instante feliz de ser regenerada com a água do santo batismo.

            Veio, afinal, o dia suspirado e ela se encaminhou secretamente ao lugar, onde era esperada pelos devotos cristãos e, tendo invocado o auxílio do Senhor, com lágrimas de consolação recebeu o santo batismo e com heróica cora­gem, renunciando ao demônio e às suas obras, ao mundo e às suas vaidades, bela e cândida como uma pombinha, toda aprazada do amor divino, voltou alegre para sua casa.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – Lc 3,21-22

 “Ora, tendo todo o povo recebido o batismo, e no mo­mento em que Jesus, também batizado, achava-se em oração, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corporal, como pomba. E do céu veio uma vós: Tu és o meu filho, eu hoje te gerei”. Palavra da Salvação.

 

3. Reflexão

            Aprendei de Augusta, almas cristãs, como se po­dem obter as graças do Senhor. Devemos pedir-lhe com sinceridade de coração, com viva fé e firme perseverança, e acompanhar a oração com outras obras meritórias.

            Assim se dispôs Santa Augusta para o santo batis­mo e assim fazei também vós quando deveis aproximar-vos dos santos sacramentos; e por isso pedi a Deus tal graça por meio dela.

 

4. Prece de Intercessão

            Eu me congratulo convosco, ó minha gloriosa protetora, por ver realizado os vossos desejos e toda consagrada a Deus. Feliz de vós que guardastes as promessas feitas a Deus no santo batismo! Mas ó, quantas vezes eu as tenho violado. Envergonho-me e conhecendo que o único remédio é a penitência, proponho a emenda dos meus defeitos e recorrer ao sacramento da reconciliação e confessar sinceramente. Por isso vos suplico humilde­mente, ó minha advogada, de alcançar-me a graça de detestar de coração sincero a minha vida passada e de sentir em mim uma viva dor das culpas cometidas e o firme propósito de não recair de novo.

Assim seja.

 

 

3º DIA DE NOVENA

Protestos de Augusta feita cristã

 

1. Aquele santo divino espírito infunde a plenitude dos seus dons nas almas batizadas, iluminou a inteligência des­sa santa, inspirou-lhe a vontade e a coragem de oferecer a Deus o sangue e a vida.

Inflamada do santo amor, abraçando o crucifixo, diz consigo: que graça Senhor, poderei render-vos por tanta misericórdia que usastes para comigo, chamando-me para a vossa fé. Por me terdes adotado como vossa filha no santo batismo, por terdes enriquecido a minha alma com dons e graças singulares. Eu sou toda vossa, não permita que jamais me separe de vós. Vós começastes a obra da minha salvação, aperfeiçoai-a agora, santificando-me e fazendo-me digna de ser vossa para sempre.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – At 2,21-44

“Aqueles, pois, que acolheram a sua palavra, fizeram-se batizar. E acrescentaram-se a eles, naquele dia, cerca de três mil pessoas. Eles mostravam-se assíduos aos ensinamentos dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. Apossavam-se de todos o temor, pois numerosos eram os prodígios e sinais que se realizavam por meio dos apóstolos. Todos os que tinham abraçado a fé reuniam-se e punham tudo em comum: vendiam as suas propriedades e bens, e dividiam-nos entre todos, segundo as necessidades de cada um”. Palavra do Senhor.

 

3. Reflexão

            Ó sentimentos verdadeiramente dignos duma alma penetrada do santo amor divino! E vós que dizeis, almas cristãs? Também vós fostes batizados e confirmados, e habitou em vós o Espírito Santo, mas talvez o ofendestes com pecados e viveis tão tíbios e relaxados no serviço de Deus. Emendai-vos e, pensando no pouco bem que fizes­tes e no muito mal que praticastes, não tardeis em querer assegurar com muitas boas obras a vossa eterna salvação. Recorrei, portanto, ao patrocínio, da santa mártir.

 

4. Prece de Intercessão

            Com as lágrimas nos olhos, com o coração abrasado, a vós recorro, ó minha gloriosa protetora, e vos suplico, para obter-me força para livrar-me dos meus vícios e interessar-me pelo bem de minha alma. Em tantos anos de vida quão pouco bem e quan­ta iniqüidade pratiquei. Ó vós, que dia a dia crescestes em virtude, obtende-me de Deus força para vencer a minha preguiça e para praticar as santas virtudes cris­tãs para sempre agradar mais a Deus, e deste modo alcançar minha eterna salvação.

4º DIA DE NOVENA

Augusta procura a conversão dos outros

 

1. Não é fácil compreender quanto a virgem Augusta avançava na perfeição e no santo amor de Deus. Aquele que a tinha tirado das trevas do paganismo, a iluminou com os raios de sua graça e acendeu nela maravilhosamente o seu santo amor.

            Inflamada do fogo celeste, não deseja outra coisa mais, a não ser a glória de Deus. Esforçava-se por exemplos e palavras para ganhar almas para Jesus Cristo e para converter à verdadeira fé à sua querida tutora Cita, que se tornou depois mártir de Cristo. Esforçava-se para reparar nos outros as trevas da cegueira do pai.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – 1 Cor 1,27-29

“Mas o que é loucura no mundo, Deus o escolheu para confundir os sábios; e, o que é fraqueza no mundo, Deus o escolheu para confundir o forte; e o que no mundo é vil e desprezado, o que não é, Deus escolheu para reduzir o que é, a fim de que nenhuma criatura se possa vangloriar diante de Deus”. Palavra do Senhor.

 

3. Reflexão

            Se ardesse no vosso coração uma centelha de santo amor, ó alma cristã, estou bem certo que procuraríeis pro­mover a glória do Senhor e a salvação das almas.

Examinai-vos almas cristãs, e se tendes sido causa de ruína do vosso próximo, por ações ou palavras, arrependei­-vos e proponde edificá-lo de todo modo, a fim de que possais recuperar as almas que se tiverem perdido por vossos escândalos.

 

4. Prece de Intercessão

Reconheço, ó gloriosa mártir, quanto dano tenho causado às almas com minhas conversas muito livres, com minha imodéstia e com meu péssimo procedi­mento. As almas por mim assassinadas clamam por vingança ao tribunal divino. Que esperança posso eu ter ainda para esperar a salvação, se não reparar tão grande dano? Proponho fazê-lo e por isso a vós recor­ro é grande santa, para que me obtenhais do Senhor a graça de viver de modo que consiga reparar, com meu exemplo e minhas palavras, o dano causado ao rebanho de Jesus Cristo, reconduzindo ao redil ainda mais do que levei a se perder.

 

 

5º DIA DE NOVENA

Augusta começa a manifestar a sua cons­tância.

 

1. A gloriosa menina não gozou por muito tempo duma doce tranqüilidade. O pai verificou que a menina não se comprazia em outra coisa, a não ser de ficar retirada no seu quarto ou então de afastar-se do castelo, com o pretexto de ter precisão de estar sozinha. Na realidade era para visitar os oratórios dos cristãos.

            O pai chamou-a à sua presença como uma crimi­nosa. Ameaçou-a com prisão, tormentos e morte cruel, se ousasse abraçar a fé cristã. Mas Augusta, intrépida, respon­deu: - Não precisais esperar que me torne cristã, porque já abracei aquela santa fé, sem a qual não há salvação. Em que fúria prorrompeu o tirano mediante tal resposta, é difícil referi-lo. Basta saber que a paixão o levou a mandar atormentá-la, sem compaixão, arrancando-lhe da boca, com um ferro, dois de seus dentes.

            Tremeu o cruel executor, mas Augusta suportou com coragem o tormento e, derramando copiosamente o sangue, disse: - Eis esposo celestial, as primícias do meu sangue; estou pronta a derramá-lo todo, para aquela fé que por vossa graça professei e na qual, por vossa misericórdia quero morrer.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – Rom 8, 35.37-39

“Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada? Mas em tudo isso somos mais que vencedores, graças aquele que nos amou. Pois estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes, nem a altura, nem a profundeza, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor”. Palavra do Senhor.

 

3. Reflexão

            Considerai quanto poder existe numa alma através da graça de Deus. A nossa santa, mau grado a delicadeza do sexo e a pouca idade, vence todos os tormentos e sacrifica tudo pela fé.

            Seu pai Madrucco, guiado por uma paixão cega, cai nos excessos do furor e da crueldade. Eis aonde leva uma paixão doentia e não superada!

            Examinai-vos almas cristãs e, arrependidas por terdes procurado tantas vezes satisfazer os vossos apetites baixos, resolvei-vos combatê-los com todo o empenho e recorrei ao patrocínio da vossa advogada.

 

4. Prece de Intercessão

            Fortíssima heroína, eu admiro a vossa heróica força em combater pela fé e envergonho-me de ver com quanta vileza cedi aos inimigos da minha salvação.

            Resolvido, portanto, de querer ficar fiel à lei de Deus, recorro ao vosso patrocínio e vos peço de alcançar-me do Senhor aquela força que me é necessá­ria para dominar as minhas paixões rebeldes e ganhar a vitória sobre inimigos da verdade e da virtude. Isto espero alcançar com vosso benévolo patrocínio.

 

 

6º DIA DE NOVENA

Augusta na prisão se prepara para o martírio

 

1. Ainda que corresse o sangue das gloriosas feridas da Santa, sem importar-se dos sofrimentos da filha, sem se comover com o triste espetáculo, porém ainda mais irritado por causa da sua constância, o bárbaro pai a fez trancar numa prisão escura. Aí fechada e abandonada, por fim, de sua tutora, nada encontra naquela escuridão a não ser o conforto do seu Esposo Celestial, que a consola e anima, a sofrer os maiores tormentos. O seu coração confortado louva e bendiz ao verdadeiro Deus, dizendo:

Meu pai me abandonou, mas meu Senhor me assiste e consola. Pela graça divina sinto-me forte e preparada a sustentar todos os combates por meu Senhor. Não haverá tribulação, angústia ou tormento que me possa separar jamais de meu Jesus, a quem amo e no qual ponho toda a minha esperança.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – Mt 11,25.28-30

“Por esse tempo, pôs-se Jesus a dizer: “Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e doutores e as revelastes aos pequeninos. Vinde a mim todos os que estais cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Palavra da Salvação.

 

3. Reflexão

            Almas cristãs, que tendes tão pouca coragem e com qualquer pequeno trabalho vos afligis e desanimais, apren­dei desta filha da graça a sofrer mais por amor de Deus. Pedi à bem-aventurada mártir, para obter-vos do Senhor a graça de receber com resignação os trabalhos que ele vos manda ou para punir vossas culpas ou para dar-vos ocasião de aumentar vosso merecimento que quer recom­pensar no céu.

 

4. Prece de Intercessão

            Ó santa e generosa menina, eu admiro a vossa coragem cristã em padecer por Jesus Cristo e fico con­fundido por ver-me tão mal resignado nos trabalhos e nas tribulações. Ó alcançai-me de Deus a graça, já não digo de padecer por Jesus Cristo e em satisfação das minhas culpas, mas ao menos de receber com ânimo resignado aquelas adversidades e trabalhos que aprou­ve a Deus mandar-me para meu maior bem espiritual.

 

 

7º DIA DE NOVENA

 

1. Julgando o pai que o horror da prisão e as ame­aças dos tormentos tivessem levado a filha a render culto aos ídolos, fê-la conduzir à sua presença e animando-a primeiro com lisonjas promessas, procurou afastá-la dos seus santos propósitos; encontrando-a porém ainda mais constante na fé que abraçara manda que acendam debaixo dela o fogo, para que a fumaça a sufoque e as chamas a consumam.

Mas ó prodígio! Crepitam as chamas em torno de Augusta, mas não se atrevem a ofendê-la. Ela agradece, entretanto à divina onipotência, a qual obedece a terra, o mar e os elementos, louva a bondade divina e convida os espectadores a reconhecerem e amarem ao verdadeiro Deus e a professarem a verdadeira religião de Jesus Cristo.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – Lc 10,11-15

“Até a poeira da vossa cidade que se grudou aos nos­sos pés, nós a sacudimos para deixá-la para vós. Sabei, no entanto, que o Reino de Deus está próximo. Digo-vos que, naquele Dia, haverá menos rigor para Sodoma do que para aquela cidade. Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Pois se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que em vós se realizaram, há muito teriam se convertido, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. Assim, no Julgamento, haverá menos rigor para Tiro e Sidônia do que para vós. E tu, Cafarnaum te elevarás até o céu? Antes, até o inferno descerás!”. Palavra da Salvação.

 

3. Reflexão

            Filhos da religião vede o que faz Deus por uma alma que o ama, e concebei um vivo desejo, que as chamas do amor de Deus se acendam nos vossos corações e os tornem insensíveis ao fogo das paixões rebeldes, assim como deixaram ilesa a Augusta às chamas do fogo material. Suplicai à Santa para obter-vos a graça de amar a Deus de tal modo que nenhum afeto baixo ou indigno jamais venha a dominar nos vossos corações.

 

4. Prece de Intercessão

            Gloriosa mártir de Jesus Cristo, desejoso de ver aceso no meu coração frio o fogo do amor divino, recorro a vós para que me impetreis a graça de amar meu Deus, se não tanto quanto ele merece, ao menos quanto pode a minha fraqueza. Acendei em mim um pouco daquele fogo do qual vós verdadeiramente fostes e sois agora inflamada, para que eu agrade a Deus e mereça gozá-lo e bendizê­-lo convosco no céu.

 

 

8º DIA DE NOVENA

A constância de Augusta exposta à nova prova

 

1. Quanto mais a graça divina tornou a nossa Santa superior aos tormentos atrozes, tanto mais a obstinação e a cegueira fizeram Madrucco insistir em atormentar a filha. Devia convencer-se, aquele mísero, de que nada pode a força humana contra o poder do verdadeiro Deus, que a tinha preservado das chamas. Mas, longe de abrir os olhos ao prodígio operado por Deus, atribui tudo à arte mágica e, no excesso de crueldade, ordena que a filha seja dilacerada com uma roda armada de agudíssimas pontas de ferro.

            A ordem é executada e a santa virgem é amarrada ao cruel instrumento. Mas eis que aparece de improviso, um anjo visível que com uma espada despedaça a roda e deixa completamente ilesa a constantíssima mártir.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – Lc 21, 34-36

“Cuidado para que vossos corações não fiquem pesa­ dos pela devassidão, pela embriaguez, pelas preocupações da vida, e não se abata repentinamente sobre vós aquele Dia, como um laço; pois ele sobreviverá a todos os habi­tantes da face de toda a terra. Ficai acordados, portanto, orando em todo momento, para terdes a força de escapar de tudo o que deve acontecer e de ficar de pé diante do Filho do Homem”. Palavra da Salvação.

 

3. Reflexão

            Será oportuno considerar que aquele que serve e ama a Deus verdadeiramente, nada tem que temer. De qualquer modo que seja provada a nossa virtude, devemos esperar tudo daquele que nos conforta.

            Ai daquele que cede à tentação e se afasta de Deus pelo pecado. Aquele que serve e ama a seu Deus pode esperar todo socorro.

Examinai-vos, portanto, almas cristãs, e se reconheceis terdes cedido aos estímulos da carne, do mundo e às ten­tações do demônio, não tardeis em voltar para o caminho da salvação, donde vos afastastes e pedi a Deus a graça de fazê-lo e por isso invocai o patrocínio da Santa.

 

4. Prece de Intercessão

            Ó minha amorosa protetora, eu me confundo e me envergonho, considerando quão fraco tenho sido nas tentações e por quão pouco tenho perdido a graça de Deus.

Tantas vezes tenho me esforçado para emendar­-me, todavia não o fiz, porque sempre tornei a cair.         Ó, alcançai-me vós do Senhor a graça de reentrar firme­mente no caminho reto e de proceder de modo que o Senhor seja glorificado e minha alma mereça entrar no porto da eterna salvação.

 

 

9º DIA DE NOVENA

Morte Gloriosa da Santa

 

1. A constância da nossa Santa é posta à última prova. Já ordenou o pai que lhe seja cortada a cabeça e o céu e a terra devem ser admiradores da fortaleza com que esta heroína suporta ao último suplício em testemunho da verdadeira fé que professa. Já descem os anjos a trazer-lhe a gloriosa palma do martírio e para conduzir a alma dela para a glória imortal. A forte Augusta é conduzida ao lugar destinado, o cruel algoz empunha a espada, ela estende generosa o pescoço, eleva o pensamento a Deus; vibra o algoz o golpe cruel e a donzela cai mártir e voa para a glória que lhe era preparada pelo Esposo Celestial por duplo merecimento: o de virgindade e o de martírio.

 

2. A Palavra de Deus nos envia – Jo 11, 20- 26

“Quando Marta soube que Jesus chegara, saiu ao seu encontro; Maria, porém, continuava sentada, em casa. En­tão, disse Marta a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas ainda agora sei que tudo o que pedires a Deus, ele te concederá”. Disse-lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. “Sei, disse Marta, que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia!”Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição, quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E quem vive e crê em mim jamais morrerá. Crês nisso?” Palavra da Salvação.

 

3. Reflexão

            Deste modo a puríssima virgem e fortíssima mártir alcançou o paraíso. E vós, almas cristãs, que bem tendes feito para esperar serdes eternamente premiados? Não julgueis que, para entrar no céu, baste o nome de cristãos e de ser rece­bido no grêmio da santa Igreja; é preciso combater e vencer as próprias paixões empregar-se em obras meritórias e ad­quiri merecimentos com a prática das santas virtudes. Pedi à Santa para obter-vos constância nos vossos propósitos e o Dom tão necessário da perseverança.

 

4. Prece de Intercessão

            Ó gloriosa santa mártir, a última graça que vos peço, é de obter-me de Deus, com a vossa valiosa intercessão, constância na fé e perseverança em praticar o bem.

            Guardai lá do céu a nossa querida pátria. Não vos esqueçais, perante Deus, daqueles que amam, celebram as vossas glórias e veneram reverentes os vossos despojos mortais. Defendei-os, protegei-os e inspirai nos corações dos vossos devotos um santo fervor em promover as obras da justiça e tudo que pode contribuir para a maior glória do Senhor e o maior bem espiritual da minha alma.

            Dignai-vos acolher benignamente, em tributo de veneração, a pequena oferta desta novena, implorando de vós mais fervor nas orações e nas obras de pieda­de, força para vencer as tentações e para manter-me sempre mais firme na graça do Senhor.

 

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A Diretoria da Capela e a Equipe de Festeiros,

manifesta seu agradecimento aos apoiadores da edição

deste importante subsídio de devoção à Santa Augusta.

 

Diretoria da Capela e Equipe de Festeiros

Janeiro de 2002